Nunca se deve perder a oportunidade para causar uma primeira impressão. Não há outra. Maria Arménia Carrondo, a cristalógrafa que sucedeu a Miguel Seabra na Presidência da FCT, não causou uma boa impressão quando, após tomar posse, não se distanciou das ilegalidades e abusos de poder do seu antecessor. Talvez não tenha percebido bem a razão porque ele caiu. Diz que está a estudar dossiers mas devia conhecê-los pois as questões da "avaliação" (vai entre aspas pois se trata de uma pseudo-avaliação) são públicas e notórias desde há muito tempo (ver o Expresso da última semana, onde a posição dela sobre o futuro da ciência não aparece). Há inúmeras reclamações pendentes e há vários processos pendentes nos tribunais e no Ministério Público aos quais terá de responder em nome da instituição. A ciência exige transparência e rigor, precisamente o que não tem havido. A ciência nacional necessita de uma avaliação séria e credível e não a caricatura grotesca de uma avaliação que tivemos e estamos a ter, pois ainda não acabou. A Presidente da FCT ou preza a transparência e o rigor, reconhecendo os erros e corrigindo-os, ou ficará rapidamente sem a réstia de confiança que alguns ainda depositam nela.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A ARTE DE INSISTIR
Quando se pensa nisso o tempo todo, alguma descoberta se consegue. Que uma ideia venha ao engodo e o espírito desassossegue, nela se co...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Por Eugénio Lisboa Texto antes publicado na Revista LER, Primavera de 2023 Dizia o grande dramaturgo irlandês, George Bernard Shaw, que ning...
-
Meu texto num dos últimos JL: Lembro-me bem do dia 8 de Março de 2018. Chegou-me logo de manhã a notícia do falecimento do físico Stephen ...
Sem comentários:
Enviar um comentário